Sexta-feira, 3 de Abril de 2009

3 faces da LUA

 

A Lua tem três faces, mas permanece uma só.

Como ela, toda mulher é uma deusa, tendo três faces

Interligadas, entrelaçadas – permanecendo uma só

Na imensidão incompreensível que há fora do tempo

No interior insondável que é o seu ser feminino

Insondável, incompreensível, incomensurável.

Nesse seu ser ela é a Lua: criança, mãe e mulher.

A Lua Crescente é a criança que sempre será

Aquela que brinca e troça, faz ironia e se esquece

Ri e chora sem sentido, contradiz-se, entesa, cresce...

A Lua Cheia é a mãe e amante, a que ampara e conforta

A que ama seu homem, expectante, recebe e acalanta.

A mãe que amima o que parece fraco e indefeso

Cuidando tudo o que germina, cresce, floresce.

A Lua Minguante é a anciã, a mulher sábia e ponderada

Aquela que busca o conhecimento nos astros, nas estações

E nos segredos dos corações dos homens.

E toma a tudo e todos com cautela.

Depois dela, é a Não-Lua. A ira, a morte, a escuridão.

A Lua Nova que desaparece, que fere, que mata.

Esta é a Não-Face que a Lua esconde

A que fere até o homem que ama

E depois se esquece, se arrepende

E torna a ser criança outra vez.

Porque a Lua tem três faces, mas permanece uma só.

 

Assim como a Lua, eu sou mulher, tenho três faces.

Meu ser Crescente ri, brinca contigo e faz troça

Te entesa, te irrita e depois chora, buscando teu carinho

E compreensão. A que levanta olhos expectantes

Confiantes no teu ser muro e espada, poder e força.

Meu ser Lua Cheia é aquela que te ama e recebe confiante

Meu corpo amado e amante, criando e destilando a vida

Que do meu corpo jorra, fruto do teu amor.

Sou Lua Minguante, e minha mente busca as estrelas.

Falo de conhecimento, discuto filosofia com os sábios

Folheio alfarrábios e textos herméticos, ocultos, esquecidos.

Aconselho, pondero, meço justiça, recebo e acalanto.

Mas há em mim também a Não-Lua, a escura dança

Em que escondo a ira, o veneno, a vingança.

Sou mulher, sou Lua – três faces em uma só.

Três modos de perceber a vida, três modos insondáveis

Inexplicáveis, incomensuráveis

Meus três modos de te amar.

 

 

Dalva Agne Lynch


publicado por Fecho Aberto às 16:30
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2 comentários:
De A Silenciosa a 3 de Abril de 2009 às 18:29
Creio que todas as mulheres são um pouco assim.
Eu tenho a certeza que sou, aliás creio que já conheces todas estas "fases"

E é verdade.....em todas elas, é a minha forma de te amar


De Fecho Aberto a 20 de Abril de 2009 às 09:34
não sei se as tuas faces são assim

só sei que adoro ir á lua contigo

só sei que te quero beijar daqui até à lua


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